Posição de Poder
Posição de Poder
Duração: 5 minutos (Idealmente ao acordar e/ou antes de ir dormir)
Objectivo: Aumentar a auto-estima (ex: preparação para uma reunião desafiadora)
Fonte: Amy Cuddy, Movimento Rápido dos Olhos (REM), Louise Hay, e Programação Neuro-Linguística (PNL)
Exercício:
Passo 1
Verificar:
Numa escala de 1 a 10, como te sentes?
Passo 2
Coloca-te em frente a um espelho.
Posiciona os teus braços em posição V (de vitória).
Sorri
Sorri!
Sorri!!!
Passo 3
Diz a ti mesmo/a, em voz alta se for possível, como te queres sentir
(ex.: Eu tenho autoconfiança! Eu sou respeitado/a! Eu sou bonito/a! Eu sou inteligente! Eu sou poderoso/a! Eu sou maravilhoso/a!).
Olhando para o espelho diz, com confiança, a ti mesmo/a: “Eu amo-me!”.
Passo 4
Olha alternadamente para a esquerda e para a direita, 12 vezes cada, durante 12 segundos.
Respira fundo.
Passo 5
Verificar:
Numa escala de 1 a 10, como te sentes?
Minha Explicação
Posição de Poder
Fonte: Amy Cuddy, Louise Hay, David Servan Schreiber e Programação Neuro-Linguística (PNL)
Em 2018, quando me sentia exausta e esgotada, eu sabia que tinha perdido uma parte de mim. “Será a minha auto-confiança?”, perguntei-me. “Não… Sei que sou boa a resolver problemas e a encarar desafios. Portanto não é isso!”. Segui a minha intuição e continuei à procura da parte que me faltava.
Interessante como a vida é. Enquanto escrevia este texto, dois anos depois, deparei-me com a seguinte frase de Ackerman:
““Auto-confiança é a confiança que tens em ti mesmo/a e a tua habilidade para lidar com desafios, resolver problemas e interagir com sucesso com o mundo.” (Burton, 2015). ( https://positivepsychology.com/self-esteem/, 2020).
Eu sentia-me pequena numa multidão ou numa reunião. Sentia que não tinha voz nem motivação para falar. Sentia-me desrespeitada. Vivia com raiva como resultado dessas emoções. Mas eu sabia que tinha de continuar a andar para a frente. Fazer a coisa certa. Algo em mim não queria parar ou desistir.
Eu sentia-me pequena numa multidão ou numa reunião. Sentia que não tinha voz nem motivação para falar. Sentia-me desrespeitada. Vivia com raiva como resultado dessas emoções. Mas eu sabia que tinha de continuar a andar para a frente. Fazer a coisa certa. Algo em mim não queria parar ou desistir. Continuando a minha pesquisa, encontrei uma apresentação fantástica da Amy Cuddy num TED Talk sobre como a nossa linguagem corporal pode moldar quem somos. São 20 minutos de experiências científicas a explicar como um exercício diário de 2 minutos pode mudar a percepção que temos de nós mesmos. Nós somos o que acreditamos ser. E como aquilo em que acreditamos influencia o que obtemos, e o que nos tornamos na vida, eu decidi tentar. Eu só queria sair do turbilhão em que estava!... “Portanto, um exercício de 2 minutos? Uau, acabei de encontrar outra chave-de-ouro para mudar a minha vida!”.
O facto é que uma crença tinha-se enraizado na minha mente, a de que eu não era capaz, nem era competente para concretizar certas tarefas. Como nos explica o David e a Daniela: “As crenças são geralmente criadas de duas formas: pelas nossas experiências, deduções e conclusões, ou aceitando o que os outros nos dizem ser verdade”.
A minha auto-estima! É isso! Perdi a minha auto-estima! Caramba…
“A auto-estima é a percepção que a pessoa tem do seu próprio valor ou mérito. Pode-se considerar como um tipo de medida de quanto uma pessoa se valoriza, aprova, aprecia, premeia ou gosta de si mesma”. (Adler & Stewart, 2004). (https://positivepsychology.com/self-esteem/, 2020).
Como a Amy Cuddy disse: “Finge até te tornares isso!”. Por isso integrei o exercício de 2 minutos na minha rotina, duas vezes por dia. Fazia-o uma vez antes de sair de casa para o trabalho, outra vez antes de ir para a cama. Até fiz o exercício antes de ir para uma reunião desafiadora. Uma semana depois eu já conseguia sentir algo diferente em mim. Sentia o meu corpo a mover-se com mais leveza e liberdade. As minhas costas estavam endireitadas enquanto eu caminhava, e os meus olhos já não estavam focados no chão. Os meus músculos já não estavam tensos quando me encontrava com certas pessoas. E já não me sentia impulsionada por eventos antigos e stressantes. Tinha acabado de reprogramar a minha mente e o meu corpo para agir como se eu fosse a Super-Mulher!
“A auto-afirmação activa sistemas no cérebro associados com o auto-processamento e a recompensa e é reforçado por orientações futuras.” (NCBI, Social Cognitive and Affective Neuroscience, 2015).
Naquela altura, eu já andava embrenhada no maravilhoso trabalho da Louise Hay. E eu já sabia o poder das afirmações, e como frases simples e positivas podiam mudar a minha mente. Literalmente! Sabia que falar de forma positiva para mim mesma criaria novas vias neurológicas no meu cérebro, modificando os meus objectivos, desejos e hábitos. Se eu queria melhorar a minha vida, aquele monólogo interno tinha de ser afirmativo e positivo. Et voilá! As afirmações melhoraram o exercício para mim.
A propósito, de acordo com alguns trabalhos de pesquisas, sorrir faz as pessoas sentirem-se mais felizes. Quando nos sentimos felizes, produzimos Serotoninas e Endorfinas. E isso é bom! É, definitivamente, bom para o nosso corpo e para a nossa alma.
Para mim, o exercício da “Posição de Poder” da Amy Cuddy já era uma ferramenta maravilhosa. No entanto, a minha mente começou a perguntar-se e se…?
E se… eu sorrir enquanto faço a “Posição de Poder”?
E se… eu disser, em voz alta, as minhas afirmações favoritas da Louise Hay enquanto faço a “Posição de Poder”?
E se… eu aplicar REM (Movimento Rápido dos Olhos) após dizer as afirmações, como um “botão de Guardar”, assim como o meu pai me ensinou?
E ZÁS! Senti um aumento de energia depois de aplicar a minha nova versão do exercício da “Posição de Poder”, como NUNCA SENTI ANTES!
A sensação de ter recuperado a minha auto-estima só foi reconhecida alguns meses depois de começar a fazer a minha versão do exercício da “Posição de Poder”. Como muitos mentores mencionam, reconstruir a auto-estima é um processo. Quando estamos no processo de criar um novo-eu, não o reconhecemos como tal. Apenas continuamos a nossa vida, pensando simplesmente que “algo de bom deve estar a acontecer comigo/com a minha mente”, e sentindo uma sensação física maravilhosa após realizar o exercício. Essa sensação física boa é resultado da produção de diversas hormonas, como as Serotoninas e as Endorfinas. Se praticarmos a arte de manter a nossa mente com boa disposição e positividade, permitimos a produção contínua das hormonas antes mencionadas, conhecidas, por alguns, como “As Hormonas da Felicidade”. Portanto, a persistência e a disciplina são necessárias para construir um novo-eu. E posso dizer-te que vale mesmo a pena o esforço!
Como diz o meu pai: “Tenta fazer uma pausa da mente racional e aplica a ferramenta!”.
Atreveste-te a experimentar?